01 novembro, 2005

Arte Lisboa 2005





O melhor da arte contemporânea na Arte Lisboa
Sofia Cartó
Pintura, escultura, desenho, instalações, fotografia e vídeo. A arte contemporânea vai mostrar-se no seu melhor em Lisboa no fim de Novembro na 5.ª edição da Arte Lisboa. O maior evento do género em Portugal foi apresentado esta terça-feira, com uma nova dinâmica e com o objectivo maior de se afirmar como um dos principais acontecimentos da arte contemporânea na Península Ibérica.
Com um espaço de sete mil metros quadrados, a Arte Lisboa 2005 conta com a participação de 60 galerias, 15 das quais estreantes. E se a grande maioria é nacional, este ano registou-se uma forte participação estrangeira. Dos 29 galeristas de sete países que se propuseram a expor em Lisboa, a Comissão de Selecção – constituída pelo presidente da Associação Portuguesa de Galerias de Arte (APGA), Pedro Reigadas, e por representantes de galerias nacionais e espanholas – escolheu 18, sobretudo espanhóis, mas também alemães, brasileiros e um russo.
A edição de 2005 assume-se como o início de um novo ciclo. Pela primeira vez, com o alto patrocínio do Presidente da República, Jorge Sampaio, este ano foi estabelecida uma Comissão Consultiva para definir e apoiar as linhas gerais da Arte Lisboa com o objectivo de a reafirmar no panorama da arte contemporânea, entre os galeristas, artistas, coleccionadores e críticos. E a organização, uma parceria da Feira Internacional de Lisboa (FIL) e da Associação Industrial Portuguesa (AIP), aposta na promoção e divulgação para aumentar o número de visitantes.
Até porque, ao mesmo tempo, há a grande vontade de abrir o mundo da arte contemporânea a outros públicos, atraindo novos coleccionadores, explicou o presidente da APGA, Pedro Reigadas. «A feira propicia ao público a possibilidade de visitar as várias galerias no mesmo espaço», criando uma maior dinâmica de vendas. E numa altura em que o mercado começa a ressentir-se da crise geral que o País atravessa, esta é também uma boa oportunidade de compra, uma vez que «haverá seguramente em exposição boas peças inéditas» até agora praticamente desconhecidas, adiantou.
O responsável, que também participa na feira com a galeria Arte Periférica, acredita que há boas perspectivas para a edição de 2005. Considerando que esta «é sobretudo uma forma de divulgar o nome dos artistas», Pedro Reigadas afirma que o sucesso ou não do evento só pode ser feito no fim, e não pode ser avaliado apenas com o cálculo dos lucros. «Há pessoas que vêm à feira e não compram nada mas depois vão à galeria e tornam-se clientes fiéis», sublinhou.
Além da convencional exposição e venda de trabalhos, da Feira fazem também parte dois dias de debates sobretudo sobre as questões do sector. Os coleccionadores e jornalistas estrangeiros terão também a possibilidade de visitar os ateliers de alguns artistas, e nem as crianças foram esquecidas. Para elas foi criado o Arte Lisboa Kids, um espaço com acções lúdicas e pedagógicas.
A Arte Lisboa 2005 vai ser inaugurada oficialmente no dia 23 de Novembro, mas a abertura ao público em geral acontece apenas a 24. Os visitantes podem ir ao Pavilhão 4 da FIL até à segunda-feira seguinte, 28, das 18:00 às 22:00 horas.

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